segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cotidiano

Música do fato: Pra ninguém - Intérprete Léo Jaime

Fotografia do fato: Aliança - A minha comigo mesma
.
.
.
E deixe que a vida pulse!



Depois de estar diante de um grande espelho chamado Amigo, me vi avulsa em meio á dezenas de casais nada mais nada menos do que num casamento!
E assim, de repente, me vi repetindo um discurso, do qual já não acreditava piamente. Estaria mesmo solteira por opção?


A resposta soou de forma incrivelmente clara no mais profundo dos meus seres...aquele que finalmente se permitiu amar um dia...
E ela veio como a voz de uma criança que chora tentando explicar do que sente vontade quando a mãe finalmente descobre que ela está com lombrigas...
Porém ao invés da mãe, a tal criança encontrou o pai, bravio e combatente, desses que fica repetindo para si mesmo seus ideais afim de não fracassar...
E a criança calou-se, afinal, era seu pai, seu herói que lhe falava, e ela deveria confiar nele, mesmo sem entender o real motivo disso.
E o pai cantou uma música de ninar nada convencional para aquietar esta criança:


Ninguém pra ligar e dizer onde estou,
Ninguém pra ir comigo onde eu vou,
Ninguém pra dizer quando eu devo parar,
Ninguém na casa pra poder acordar do meu lado,
Ninguém pra contar novidades,
Ninguém pra fechar as cortinas,
Ninguém pra brigar de vez em quando...
Por outro lado
Ninguém pra abaixar o volume,
Ninguém pra reclamar dos pratos sujos,
Ninguém pra eu fingir que eu não amo...


E quando terminei de cantarolar essa música, saudei os noivos, que depois de dois anos já morando juntos, agora seguiam o que já fazia parte do inconsciente coletivo imposto pela sociedade quando eles nasceram...Casamento!
Não devo seguí-lo se não quiser...mas, onde foi mesmo que eu nasci?
Sim, claro, numa sociedade... por que não poderia querer o que todos querem então?!










Um comentário:

  1. Ótimo desenvolvimento de texto. Bem elaborado, uma leitura agradável.

    Parabéns, beijo!

    ResponderExcluir